Hoje não quero ser pai
Não quero ser filho
Nem tão pouco ser neto
Por cada lágrima que cai
Num caminho que trilho
Sem cor nem afecto
Hoje não quero ser gente
Nem sequer ter telefone
Não ouvir ninguém
Por cada infeliz que me mente
Sem que me acondicione
Do frio que aí vem
Hoje detesto coelhos
De chocolate ou sangue
Eu nem sei sonhar
Eu já não imploro de joelhos
Para que o sono vingue
E me impeça de acordar
Hoje eu não quero ser céu
Nem tão pouco ver luz
Nada mas escuridão
Sento-me como se fosse réu
Como se carregasse cruz
Sem sequer ter um chão
Hoje eu não gosto que seja hoje
Também não quero amanhã
Talvez para o mês que vem
Por mais que o caminho me suje
E que eu coma a maçã
Não morro por ninguém
by Darko
quarta-feira, 23 de julho de 2014
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