Outrora achei que sorrir era ser jovem
Embora ser jovem fosse querer mandar no mundo
Mandar no mundo tornou-se então redutor
Porque ninguém quer ser dono de nada
Houve alturas em que dançar me fazia esquecer
Bebia apenas para me recordar que não sei
Não saber foi sempre a melhor coisa que tive
Até descobrir que ninguém se pode esconder aí
Era encantador sentir-me mais que alguém
Porque alguém não significava muito para mim
Nesse momento despertei os sentidos
E constatei que há tanto por explicar
Agora começo a deslindar o passado
Esse que me condiciona o futuro
Amanhã é simplesmente aborrecido
De hoje nem vale a pena falar
Há momentos em que mordo a vida
Para que ela me possa largar da mão
Quero magoar-me para lamber a ferida
Grande puta que eu não te sei fechar
Não há espelho que me mostre a saída
Mesmo sabendo não ter pedido para entrar
A cabeça pregou-me outra partida
No meu coração ninguém sabe ou quer ficar...
By Darko
quarta-feira, 23 de julho de 2014
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