Perdida mente
Auto-estradas de despojos
O esplendor que olvidámos
Privações da sublimação
Contornos que privatizámos
A ponte sobre o Mondego
E o desnorte conjugal
A igreja e a pedofilia
E o nosso perdão banal
Mal-amados pela saudade
Na genética da nostalgia
Que nos fere a liberdade
E nos assalta a cada dia
Uma estrada permanente
A que D.Sebastião nos condenou
Entra a bica e a telenovela
Bolsos que a maré esvaziou
A iletracia e o Rock in Rio
Numa modernidade falaciosa
O chumbo do amor sem rótulo
O desenrascanço e a litrosa
Mulheres de saia travada
Infidelidade condescendida
A intelectualidade hipotecada
Pelas filmagens da vida
O provincianismo sexual
A obsessão pelo alheio
A crença no ocasional
E os memorandos sem recheio
Num Portugal de nome gasto
Violado incessantemente
Onde o desgosto é irracional
E o povo ama perdidamente
By Darko
quinta-feira, 24 de julho de 2014
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