Poderei eu lamentar a expectativa de brilhantismo?
Recriminar a ânsia de que mais do que o suficiente seja feito?
Ousaria eu conformar-me com os monstros da inércia e do egoísmo?
Seria eu feliz se a minha consciência não pudesse adormecer no mesmo leito?
Cada passo lançado mingua a convicção a um ritmo perigoso
Olvidamos o ímpeto de projectar futuros mais felizes
O passado que se entoa na civilização de caminho sinuoso
Manchado na incapacidade de germinar tesouros e raízes
Interiorizarei eu o fosso perverso que se agiganta entre nós?
Condenarei eu a incompreensão que alimento em relação aos vossos ideais?
Executaria eu a proeza da transversalidade em troca do sadismo de um raciocínio veloz?
Tomara eu integrar-me no vosso conceito de valores essenciais
Cada verso vomitado me afaga a inquietude do ser
Prometo-me não mais construir sobre quaisquer perspectivas
Reprimo as utopias que sempre me exigi viabilizar
Sois vós que me desarmais pela indecência de respirarem
Cada certeza roubada dói tanto como não ter nada a perder
Estou certo do facilitismo inerente a sinapses passivas
A dúvida induzida que reside entre a desistência e morrer para mudar
Sou eu que vos assombrarei até que se resignem a amarem
A amarem-se.
By Darko
quinta-feira, 24 de julho de 2014
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