segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Summer Rain

I'm lacking the excitement of proving myself right 
I'm lacking to be loved in a decent way 
I'm lacking the urge to have higher goals
I'm lacking all those words you won 't dare to let out 

I miss the days when summertime thrilled me 
I miss the strength of my contesting will 
I miss the red in my face when you used to fancy me 
I miss the time when I used to be the future

I long for the applause after I nail the song
I long for art that could raise our story across the globe
I long for sacrifice when you insist you love me
I long for a hug even when I'm wrong

I'm lacking the fun of doing it for the first time
I'm lacking honesty emerging from all the lies
I'm lacking a new day without you by my said

I miss sex with no rules or impositions
I miss having no extra weight above my decisions
I miss the adventure of trusting someone new
I miss all the times I used to do it with you

I long for apologies and long runs after me
I long for changes in the skies and the sea
I long for questions that justify my awnsers
I long for the days I lived the life I dreamed of

By Darko 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

After Gisberta

Importa-me que mates
Não me importa que vistas saias
Incomoda-me que roubes
Não me incomoda que te operes

Constrange-me que mintas
Não me constrange a tua verdade
Desola-me que ludibries 
Apraz-me que te ames

Revolta-me que cobices
Encanta-me que dês
Devasta-me que obrigues
Edifica-me que partilhes

Assombra-me que julgues
Adormece-me que aceites
Rasga-me que abomines
Abraça-me, que aproveites

Interessa-me que te magoes
Não me interessa que me magoes
Arrepia-me que te cortem as asas
Mas também me dói que voes

Aperta-me que sejas egoísta
Alivia-me que compreendas o que desconheces
Imploro para que o mundo desista
De toda a moral e os seus reveses

By Darko

Desaires de horário nobre

O tempo é fogo
E eu sou ermo
Tropeças logo
De modo enfermo 

Num canto frio
Sem regra ou modo
Curto pavio
De parco engodo

Distante desvario
De livros trocados
Num corpo vazio
Ao qual somos rogados

Encriptados
Sem acesso
Designados
Pecado confesso

Submersão
Indulgência
Transgressão
Imploro cedência

Contamino e devoro
Excomungo e pertenço
Domino e adoro
Resmungo e adenso

Uma trama sem fôlego
Uma carta sem destinatário
Uma cama sem ego
Que se parta o amor involuntário

Quem seremos
Quem comemos
Quem dizemos
Quem impersonaremos

Assunção
Concepção
Nutrição
Rejeição

Crer no impossível
Abraçar o escuro
Tornar inesquecível
Saltar cada muro

Escrever sem dó
Sangrar sem medida
Desatar cada nó
Terminar a corrida

Dizer mais
Dizer melhor
Erguer ideais
Dizer amor.

By Darko

Left Untold

Left untold

I embrace the drama
I accept sadness
I invite my karma
Into this madness

I smoke faster
I drink harder
I burst the blister
To walk further

I contest myself
I regret myself
I love myself
I hate myself

I do my part
I listen to my heart
I play the fool
With every tool

My feelings mistake me
My racional side hates me
I condescend it
I still pretend it

For no reason
In every season
I contemplate
This mess we create

We're sorry
Of our glory
We're successfull
In our story

We deny
All the reasons why
We don't dare to try
To be better

We forsake
Every mistake
Like we could make
Us look less like a sinner

We combat
The things we forget
With indifferance
We don't even get the chance

To explain
Why we complain
About the world
There is so much left untold...

By Darko

Amor

A porta do quarto já não se fecha de noite e o teu calor já não me acorda de manhã. O tempo fez-se feio para dar as boas vindas a esta nova etapa, de forma a ilustrar a saudade que tenho de ontem. Os nossos horários já não se sincronizam e os argumentos dos filmes perdem a sua riqueza sem que os assista na sombra do teu peito. O olhar dos animais entristeceu por já não nos emoldurarem na mesma fotografia. As minhas emoções estagnaram e o medo tomou conta da minha diligência. Em ti vejo a pressa de fugir porque te assustei com a minha forma desengonçada de amar. Sinto agora o peso deste manto cinzento que se abateu sobre o que escrevemos e a impotência de não conseguir alcançar-te pelos mesmos caminhos que percorri vezes sem conta. Sei que pisei demasiadas flores do teu jardim para que as imagines crescer a partir da minha capacidade de cultivo. Gostava de conseguir mostrar-te que tenho uma vastidão de terreno virgem que por ti gostaria de ver germinado. Ver-te ir sem saber que voltas hipoteca todas as certezas outrora daí consequentes e tu sabes que não sei caminhar sem certeza. Será egoísta se te pedir que não voes porque as minhas asas estão partidas? O nosso ninho foi tanto tempo a casa dos teus sonhos... E eu gostava de te dizer que quero construí-la outra e outra vez para ser a nossa realidade. Prometo dar-te a chave do castelo, ladear-te e servir-te, ser a tua corte, o teu rei e o teu povo. Espero amar-te por mim, por ti e por nós até que voltes a ser o carisma na minha voz. Anseio dar-te espaço no regaço e clareza na mente para que voltes a acertar o meu compasso e ser o abraço que me sustente.

By Darko

Exageros

Exagero

Eu exagero no amor
Eu exagero na boémia 
Eu exagero no fulgor
Eu exagero na blasfémia 

Eu exagero no sofrer 
Eu exagero no torpor
Eu exagero no temer
Eu exagero no calor

Eu exagero no cumprir
Eu exagero no quebrar
Eu exagero no bramir
Eu exagero no sonhar

Eu exagero na saudade
Eu exagero na posse
Eu exagero na intimidade
Eu exagero na tosse

Eu exagero na roupa
Eu exagero na alma
Eu exagero na sopa
Não exagero na calma!

By Darko

A noite

A noite 

Florescem as horas desmedidas e ensopadas, prostrado e esquecido na folga das mágoas, as demoras bem-vindas na curva das estradas, o fado e o mendigo que mora comigo

O resto de coisa absolutamente nenhuma, tremores falaciosos e uma terra infértil, um gargalhar parcimonioso na bruma, acariciares deliciosos num acto que não se consuma 

Tentáculos de um conluio desapropriado, órfãos de um fundamento que se perpetue,
espectáculos de um conceito desafogado, a ousadia de quem se insinue

Ovações sem jeito ou qualquer conveniência, ruídos domésticos e movimentos eróticos, interacções vagas em toda a fulgência, enganos sintéticos de comportamentos exóticos

Enrolemos os intuitos paralelos de um fantasma, no mastigar dos pensamentos claramente desajustados, perniciosos são os trilhos daquele que ama no recriminar de infundamentos sobejamente apropriados

Ruminar de forma mecanizada e maquilhar o alheamento, contemplar o avanço da história sem pudor, excruciar na odisseia detalhada do que são o esgar e o desalento

Americanizando o serão com anestésicos incompetentes, rumores estomacais sonorizam o desconforto patente no demais, desumanizando o comum e o confortável vazio da mente, fulgores dos que se valorizam no reluzente dos abdominais

Desperdício e excesso no contorno do absurdo, caminhares desnorteados no esplendor do abjecto, um comício no qual confesso o transtorno de seres surdo no que toca a aceitares o desalinhado condor do incerto

Oposições e incongruências, a indiferença penosa que não evitamos acarinhar, bandas sonoras envolventes purgadas com textos sem destino previsto, desilusões e urgências, a sentença assombrosa a que nos condenamos por não evitar as serpentes destinadas a provar os medos que visto

Fumo e atraso a pressa do acaso, ignoro o desejo e inspiro o desencanto, rumo ao que faço sem norma no traço, devoro o que prevejo e reviro no pranto

A noite envolve-me no seu manto...

By Darko

A desistência

A minha falta de graciosidade não é compatível com jogos de interesse
A minha realidade não comporta preços ou tabelas
Lá na minha cidade ainda há quem pratique o amor e a prece 
Na trivialidade dos começos das vielas

Sem qualquer parcimónia que me permita convosco comunicar
Masco as terminologias e movimento-me ao som do que ouvis
Não há qualquer cerimónia para que anuncie não querer ficar
Refém de tecnologias que nos isolam e estupram de formas vis

Quanto mais desisto de jogar convosco
Mais me convenço de que venci

By Darko

Perdida Mente

Perdida mente

Auto-estradas de despojos
O esplendor que olvidámos 
Privações da sublimação 
Contornos que privatizámos

A ponte sobre o Mondego
E o desnorte conjugal 
A igreja e a pedofilia
E o nosso perdão banal

Mal-amados pela saudade
Na genética da nostalgia
Que nos fere a liberdade
E nos assalta a cada dia

Uma estrada permanente
A que D.Sebastião nos condenou
Entra a bica e a telenovela
Bolsos que a maré esvaziou

A iletracia e o Rock in Rio
Numa modernidade falaciosa
O chumbo do amor sem rótulo
O desenrascanço e a litrosa

Mulheres de saia travada
Infidelidade condescendida
A intelectualidade hipotecada
Pelas filmagens da vida

O provincianismo sexual
A obsessão pelo alheio
A crença no ocasional
E os memorandos sem recheio

Num Portugal de nome gasto
Violado incessantemente
Onde o desgosto é irracional
E o povo ama perdidamente

By Darko

I wish I could miss you

I wish I could miss you

I wish I could miss you 
Like I used to do back then
When I believed you
Could become a better man

Those days are gone now
I'm sure I can stand alone
I decided to make this vow
To inherit your heart of stone

'Cause we can be so damn mean
Though we know it hurts inside
Like nothing we've ever seen
The beauty when two worlds collide

You teached me everything I won't be
When you dared to belittle my dreams
The day I forgot you was so hard to me
But I insist on making it easier than it seems

I wish I could miss you
Like when I had faith in us
Blood wasn't enough
To justify the fact it wounds like it does

'Cause we can be so damn dumb
Always in the name of pride
When you talk my mouth gets numb
The beauty when two worlds collide

You teached me everything I won't be
When you dared to belittle my dreams
The day I forgot you was so hard to me
But I insist on making it easier than it seems

And I really hope that life treats you well
After all the stupid things you have done
Until the day we both burn in hell
And we search for love in a place where there's none

You teached me everything I won't be...

By Darko