Celebro a fragilidade que me consome
Num copo embrenhado de utopias decadentes
Envolto numa conduta de conformismo e fome
Do tempo apartado das expectativas dissidentes
O desmoronar dos sorrisos imberbes que nos marcaram
O constrangimento de assumir a contaminação da inocência
Um virar de costas às construções que enfim findaram
O aborrecimento residente em cada pedido de clemência
O abraçar da vossa piedade e incompreensão
O voto de amar um Deus no qual sou descrente
O despoletar de um antagonista para cada sensação
Nas minhas costas adormece o vosso olhar em frente
A sobrelotação de um hospedeiro vazio e sem propósito
Reacções físicas que estrangulo para que não me exponha
Um baú de confiança que anseia derrotado por um depósito
A consciência devastada de quem chora e também sonha
Celebrai o demónio que germinou na nossa insatisfação
Contemplai o fantasma do que outrora foram os cânones do correcto
Derrotai o desejo de honrar a nossa indeterminada missão
De trilhar ruas de respeito, nutrir mundos de liberdade e horizontes de afecto
by Darko
sábado, 18 de janeiro de 2014
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