sábado, 18 de janeiro de 2014

The sun

Oh, Dear lord I just want to find a lighter path to walk my feetOh, Dear lord I just want to cry and feel completeOh, Dear lord I just want a reason fair enough to stand aloneOh, Dear lord you made this body of flash and boneWould you please remain silent?'Cause nothing's happening here at allAbsence is a way of violenceLet the sun burn my skinOh, Dear lord I just want to raise the weapons you gave me to fightOh, Dear lord my heart is pure chaos and it feels alrightOh, Dear lord you have no idea of what your baby has becomeOh, Dear lord welcome...

Dias de âmago

São dias de âmago todos aqueles em que me sinto a despedir de quem sou.O relógio apenas me recorda de que o paradigma do tempo há muito conspurcou os seus desígnios. Todos os cenários que fui adornando ao longo da minha existência tinham como premissa um recorrer crónico ao monstro do amor como motivação para que o fizesse. No entanto, o meu fio condutor abandona todo o seu vigor sempre que me questiono se o amor deveria ser uma consequência das nossas construções e não o seu alicerce. Cada remessa de desencanto que me é carinhosamente endereçada...

Projectos de verão

Nos atalhos improváveis de uma travessia impiedosaEncontro as janelas do meu inverno emocionalNo limiar da desistência e na leitura da minha prosaConheço o fantasma de um ser outrora excepcionalDispo-lhe as certezas até que as minhas dúvidas o amparemDesse abraço resultará a génese do nosso renascimentoProfundezas sublimes dos monstros que enfim amaremOs laços que protegem a tese do meu torpor e tormentoAmbiciono a simplicidade de desfigurar o que se revela complexoAspiro a impermeabilidade da razão e a imortalidade dos princípiosConfesso a fragilidade...

Metade

Metade de mim é orgulho, outra é necessidadeMetade de mim é talento, outra é desânimoMetade de mim é capacidade de trabalho, outra é comodismoMetade de mim é fé, outra é impaciênciaMetade de mim é passado, outra é ausência de futuroMetade de mim é serenidade, outra é impulsividadeMetade de mim é razão, outra é um bazar de emoçõesMetade de mim é quem eu fui, outra é uma evolução deficienteMetade de mim ainda é criança, outra é um reflexo turvo de quem quis serMetade de mim não é nada sem que a outra aprenda a abraçar-la sem reservas em relação ao...

In loving memory of the days I used to care

Celebro a fragilidade que me consomeNum copo embrenhado de utopias decadentesEnvolto numa conduta de conformismo e fomeDo tempo apartado das expectativas dissidentesO desmoronar dos sorrisos imberbes que nos marcaramO constrangimento de assumir a contaminação da inocênciaUm virar de costas às construções que enfim findaramO aborrecimento residente em cada pedido de clemênciaO abraçar da vossa piedade e incompreensãoO voto de amar um Deus no qual sou descrenteO despoletar de um antagonista para cada sensaçãoNas minhas costas adormece o vosso olhar...

Em consciência

Martirizo-me por querer achar que não aprecio o mundo e a raça humana de forma expansiva, e ainda hoje pensei nisto, para concluir que os quero amar mais do que a maioria e sou dependente dessa entrega e dessa partilha.Prefiro nadar na merda a viver uma vida de ausência interactiva.No fundo sinto-me distante deles e orgulho-me, mas sem eles não me sinto coisa alguma. Portanto, talvez subestime o seu valor.Não os sinto iguais a mim, mas são parte de mim e sem eles sou nada...como consequência desse altruísmo egoísta e necessidade de partilha crónica,...

O quarto

Defraudei o meu aperfeiçoamento da razãoEm função dos desaires sem causa do veludo da tua mãoNa imbecilidade de acasos proporcionados em consciênciaVivência sem credo ou qualquer outra sensaçãoEmbelezei a hipotética realidade de partilharmos chãoDe desatarmos tempestades e gritarmos que nãoOlvidei quem sou por terras de hospedeiros sem perdãoImplorei-te tão somente que ficassesSilenciei os guardas do meu intimo para que nele te acolhessesDesarrumei os meus hábitos severos para que em mim te revissesMatei todas as minhas certezas para que da minha...

...

...No dia em que decidi abandonar os membros moribundos no limiar da esquizofrenia, conheci a essência da minha composição e equacionei-me com um realismo plausível. Foi a partir dessa complexa resolução que me decifrei os contornos de alma virgem e previsível. Desfio o relógio para que me invada os recantos em consciência e me sublime os instintos outrora indomáveis. Deslindo-me as feições de contornos austeros e olhos permeáveis. Globos sedentos de informação, sem filtro e sem qualquer selecção. Destravo-me com pouca parcimónia e facilmente me...